Era uma vez uma Pippi famosa
não a outra sueca de altas pernas
mas uma cadela pequena e formosa
de pêlo suave como fofas penas
um dia, encontrando-se sem dona,
sozinha numa ilha do Algarve
partiu com siso no barco da carreira
relapsa e ignorada a passageira
chegada ao cais da vila
foi cheirando a relva, como flores
as pedras, as ruas, os vapores
sem trela nem voz a conduzi-la
e, assim, com a fada da sorte como guia
chegou, enfim, à casa onde vivia
e, como abrir uma porta não sabia,
dirigiu-se à vizinha que a chave possuía
eis como o engenho e a arte da Pippi
corre nas bocas da gente dali
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