sábado, 20 de março de 2010

na Primavera

(Pablo Picasso)



 
na Primavera
não devia haver morte
nem doença nem lástima
nem ruas sebentas e pegajosas
nem gente trôpega e andrajosa
nem céus negros
nem rostos sombrios

mas há!

o dia da árvore
o dia da poesia
os mercados de flores
anunciam-se por teimosia
mas o Sol do primeiro verão
o ar morno e perfumado
que invade o corpo
e lhe segreda
- está aqui a felicidade!

onde está?


2 comentários:

  1. [porque tem que haver sempre a primeira estação, a última, temerária no que ela contém]

    um imenso abraço, Georgina

    Leonardo B.

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  2. [ainda que pareçam ficções e os outros se espantem com riso]
    Obrigada por estes comentários gentis.

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