terça-feira, 4 de maio de 2010

há dias em que se morre

(Jackson Pollock)


 
há dias em que se morre
no pulso o relógio morre
não mais a vida de outrora
não mais o calor dos dias calmos
dos afagos
dos jantares quentes sobre a mesa
não mais
o perfume selvagem das manhãs claras
as confiadas palavras
de amor

há dias em que se morre
e depois
o fantasma passa
pelas ruas pelas casas
passa
por lugares por cidades
corre pelas estradas
não pára não quer olhar
passa passa



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