(Salvador Dalí)
frente ao corpo esfíngico
entro desveladamente
no templo do meu corpo
só alguns corpos são templos vivos
mas o templo é o lugar do mistério
da ausência
todo o corpo é um templo em construção eterna
que dizem os sábios das ruínas do templo?
a presença do enigma permanece
nos destroços abandonados do templo
o amor é a contemplação da miragem
do templo sagrado
o tempo da união dos corpos
rasga um clarão de júbilo
na penumbra dos templos
é breve o conforto
da oculta face do deus
venerado no templo
em vão mergulho o meu corpo tenso
no regaço amplo
do templo
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