domingo, 10 de janeiro de 2010

cortar o silêncio

(publico.pt)




corte-se o silêncio
a fio de navalha
a lâmina aguda
abrindo a carne
como o mar vermelho
da predestinação

jorre o silêncio
o sangue do corpo
sem piedade
enterre-se a lança
escorra-se o suco
a vida insensata
oculta no vão




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