segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

frente ao géiser



tenho o corpo na Islândia
frente ao géiser
o grande
e multiplicam-se-me olhos e ouvidos
nos milímetros ínfimos
da carne

oh géiser
este silêncio
acolhe mais que um útero
no instante mágico
da fecundação

sabes por que é a vida
assim despercebida
sempre a traços lassos
no papel vegetal
é porque o silêncio
é sempre esquecido
ou amachucada
folha de jornal 
                                                     



Nota: Este poema foi escrito em 1987, mas só em Agosto de 2000 fui à Islândia. As fotografias são minhas.

Sem comentários:

Enviar um comentário