frente ao géiser
o grande
e multiplicam-se-me olhos e ouvidos
nos milímetros ínfimos
da carne
oh géiser
este silêncio
acolhe mais que um útero
no instante mágico
da fecundação
sabes por que é a vida
assim despercebida
sempre a traços lassos
no papel vegetal
é porque o silêncio
é sempre esquecido
ou amachucada
ou amachucada
folha de jornal
Nota: Este poema foi escrito em 1987, mas só em Agosto de 2000 fui à Islândia. As fotografias são minhas.
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